CRÔNICA DE UMA ENCHENTE ANUNCIADA
(Por e-mail)
Aqui quem escreve é uma pessoa que sofreu e sofrerá com a ENCHENTE na minha localidade (Três Vendas).
O que irei comentar é apenas um desabafo, sei que em parte o poder público não tem obrigação de nos ajudar, pois, dizem que ocupamos área que não era para ser habitada, que catástrofes ambientais acontecem não só aqui, mas, também em Cardoso, Laje do Muriaé etc...,mas explicando: porquê estamos morando em área que não podia ser habitada, em primeiro lugar, se eu tivesse condições financeiras escolheria um lugar assim para morar, se não morasse aqui provavelmente estaria morando numa favela, com a renda que tenho, (pois nem todo mundo tem a oportunidade de ser bem sucedido), e a segunda resposta é que catástrofes acontecem em várias cidades, porém, se ninguém lembra nos foi prometido a uns 4 anos atrás que seríamos prioridade nas construções das casinhas populares, e então foi assim, casinhas e mais casinhas foram feitas e nóis continuamos exatamente no mesmo lugar.
O que eu passei nesta enchente mais recente não desejaria para ninguém, pois minha mãe adquiriu uma pneumonia e não resistiu e faleceu e agora tenho meu pai idoso que já está apavorado só de ver as reportagens anunciando novas enchentes. Até quando perderemos nossa dignidade como cidadãos e principalmente vidas, para que alguém olhe por nóis...
Neste final de ano seremos novamente apenas mais uma vez estatísticas para a sociedade...
M.V.
Aqui quem escreve é uma pessoa que sofreu e sofrerá com a ENCHENTE na minha localidade (Três Vendas).
O que irei comentar é apenas um desabafo, sei que em parte o poder público não tem obrigação de nos ajudar, pois, dizem que ocupamos área que não era para ser habitada, que catástrofes ambientais acontecem não só aqui, mas, também em Cardoso, Laje do Muriaé etc...,mas explicando: porquê estamos morando em área que não podia ser habitada, em primeiro lugar, se eu tivesse condições financeiras escolheria um lugar assim para morar, se não morasse aqui provavelmente estaria morando numa favela, com a renda que tenho, (pois nem todo mundo tem a oportunidade de ser bem sucedido), e a segunda resposta é que catástrofes acontecem em várias cidades, porém, se ninguém lembra nos foi prometido a uns 4 anos atrás que seríamos prioridade nas construções das casinhas populares, e então foi assim, casinhas e mais casinhas foram feitas e nóis continuamos exatamente no mesmo lugar.
O que eu passei nesta enchente mais recente não desejaria para ninguém, pois minha mãe adquiriu uma pneumonia e não resistiu e faleceu e agora tenho meu pai idoso que já está apavorado só de ver as reportagens anunciando novas enchentes. Até quando perderemos nossa dignidade como cidadãos e principalmente vidas, para que alguém olhe por nóis...
Neste final de ano seremos novamente apenas mais uma vez estatísticas para a sociedade...
M.V.
