sexta-feira, 30 de novembro de 2012

RIO: REUNIÃO NA ALERJ DISCUTE INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE USUÁRIOS DE DROGAS


A Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas e Dependentes Químicos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) discutiu, nesta sexta-feira (30/11), questões acerca das formas de tratamento dos usuários de álcool e drogas no estado. A presidente da comissão, deputada Rosângela Gomes (PRB), criticou a internação compulsória de usuários de entorpecentes.  "O que está sendo feito não é internação, é recolhimento", frisou, antes de acrescentar: "O grande problema não é a internação das pessoas dependentes, mas a maneira como ela é feita. Devemos nos esforçar para que ela seja feita da forma correta. A comissão deve trabalhar para verificar esse problema".
Psicóloga do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), unidade integrante da estrutura de assistência à saúde da Universidade do Estadodo Rio de Janeiro (Uerj), Érica Canarin defendeu que o primeiro atendimento ao usuário em crise deve ser feito pelos hospitais gerais. "Pela Política Nacional de Drogas, todo hospital deve disponibilizar dois leitos para a internação inicial para a desintoxicação do paciente, pois a abstinência pode matar. O crack é um exemplo disso", explicou.  Para a pscicóloga, a internação é necessária em casos graves que estão relacionados ao risco de morte do paciente ou de pessoas próximas a ele.  "A internação é somente uma parte do tratamento, pois é preciso que o paciente, ao retornar ao convívio social, tenha acompanhamento de profissionais como médicos, psicólogos e assistentes sociais", ponderou.
Representante do Conselho Regional de Psicologia, Vivian de Almeida Fraga considerou que o Estado precisa ampliar sua estrutura para atender a todos os dependentes químicos. "O quantitativo de Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas é inóquo, diante do tamanho e da necessidade para o tratamento ambulatorial adequado. O que temos hoje no Estado não dá conta", declarou. Também participaram da reunião o representante da Associação dos Dependentes Químicos-RJ, Marcelo Rocha; a coordenadora do Programa Saúde na Escola, da Secretaria de Estado de Educação, Daise Keller e o professor do Laboratório de Análise de Laboratório de Análise da Violência da UERJ, Ignácio Cano.
Texto de Bárbara Souza

Fonte: Site da ALERJ

TODOS OS VISITANTES DESDE A CRIAÇÃO DESTE BLOG