sábado, 24 de novembro de 2012

RIO: Ambiente retira carcaças de embarcações da Baía de Guanabara

 » Ascom da Secretaria do Ambiente


Iniciativa viabilizará dragagem no Canal de São Lourenço e a reabertura do centro de pesca artesanal em Niterói

Abandonadas no espelho d’água ou submersas há décadas no Canal de São Lourenço, na Baía de Guanabara, 53 carcaças das embarcações terão, a partir de agora, destinações ecologicamente corretas. A Secretaria do Ambiente e o Ministério da Pesca e Aquicultura deram início nesta sexta-feira (23/11) à retirada dessas embarcações.

A medida viabilizará a dragagem de 100 mil m3 de material do assoreado Canal de São Lourenço e a reativação do Centro Integrado de Pesca Artesanal (Cipar), que deixou de funcionar devido às embarcações abandonadas, que impedem a navegação na região, entre a Ilha da Conceição e o litoral de Barreto, em Niterói. A dragagem deverá ser realizada no primeiro semestre do ano que vem.

A operação de início da retirada das carcaças abandonadas foi lançada em solenidade promovida no cais do Cipar, com participação do secretário do Ambiente, Carlos Minc, do ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, e da presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos.

Segundo Minc, serão investidos cerca de R$ 18 milhões no trabalho de dragagem e destinação do material recolhido. Além da reativação do Cipar, o secretário afirmou que a ação irá beneficiar cerca de 20 empresas instaladas nas proximidades.

- Desses R$ 18 milhões, R$ 3,5 milhões já foram disponibilizados pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. Vamos então entrar com R$ 4 milhões do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental) para o início da dragagem. O restante, de aproximadamente R$ 11 milhões, tentaremos viabilizar junto ao Ministério da Pesca e Aquicultura. As embarcações de madeira serão reaproveitadas, economizando árvores, e as de ferro vão para siderúrgicas - disse.

Ainda segundo Minc, parte do material resultante da dragagem será encapsulada em geobags, a exemplo do que está sendo feito com os sedimentos retirados do Canal do Fundão, outra importante obra da Secretaria do Ambiente.
Construção da Unidade de Tratamento de Rio

O secretário Carlos Minc anunciou também o início, na semana que vem, das obras de construção da Unidade de Tratamento de Rio (UTR) do Rio Irajá, outra iniciativa que vai contribuir para a despoluição da Baía de Guanabara.

- Esta UTR vai retirar 12% da poluição que vai para a Baía de Guanabara proveniente do Rio Irajá - destacou o secretário.

O ministro Marcelo Crivella destacou a importância dessa iniciativa para a despoluição da Baía de Guanabara, afirmando só ter sido possível graças à parceria com o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Ambiente e do Inea, e também com o governo municipal de Niterói.

- Conseguimos viabilizar esta iniciativa graças à parceria com os governos estadual e municipal e que será um passo fundamental para que o Cipar volte a funcionar. Aqui, o pescador poderá comprar a sua rede, o seu gelo, enfim, o seu material de trabalho. Além disso, os restaurantes e a população voltaram a se abastecer com o pescado. A dragagem começará imediatamente após a retirada das embarcações. O projeto executivo está em fase de conclusão e seguramente no final do primeiro semestre de 2013, o Cipar estará funcionando. Esta é uma previsão perfeitamente viável - disse o ministro.

A presidente do Inea, Marilene Ramos, afirmou que as carcaças das embarcações prejudicam o tráfego marítimo e causam poluição ambiental, na medida em que diversos materiais vão se degradando em contato com o mar.

- As embarcações de madeira serão desmontadas e esse material será utilizado como lenha para queima em fornos de olarias. Já as embarcações de metal vão a leilão público. O Inea já contratou um leiloeiro que vai fazer o leilão e quem arrematar vai se encarregar de cortar e retirar esse metal - explicou Marilene Ramos.

A iniciativa para a remoção das embarcações das águas do canal conta com a colaboração dos estaleiros Bigmar Navegação e Equipe Mar, além da empresa de mergulhadores Pacific Sub.

A retirada das embarcações é uma operação conjunta da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Secretaria do Ambiente, do Inea, da Capitania dos Portos (Ministério da Marinha) e do Ministério da Pesca e Aquicultura.


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