Henriques alfineta situação e oposição
O deputado estadual e principal liderança do PSD no município, Roberto Henriques, participou ontem do programa Folha no Ar, na Plena TV, do Grupo Folha. Incorporando comportamento crítico, ele criticou a maneira de governar da prefeita Rosinha Garotinho (PR) e não deixou de enumerar os erros da campanha eleitoral do PT, a quem deu seu apoio, e a participação do senador Lindbergh Farias (PT), a quem atribui uma larga parcela de má preparação eleitoral.
Abrindo a entrevista com sua análise da última eleição, ele apontou a força do coletivo como arma.
— Não acredito em pessoas fortes. Não foi Makhoul quem cresceu, e sim o grupo político do qual faz parte. Como o deputado João Peixoto afirmou aqui, nós demos ao PT mais da metade dos votos por eles recebidos. Por isso, afirmo que a política é grupo”, disse o deputado, ressaltando que o embate era desigual. “Não igualamos ou retiramos votos da prefeita porque sabemos a forma como ela tem essa força. Quantos DAS (cargo de confiança) foram candidatos a vereador? Quantos candidatos a vereadores foram funcionários tercei-rizados? Então fica difícil competir. Ainda mais com o Lind-bergh, que foi o patrocinador da campanha de Makhoul, organizando tudo. Os programas eleitorais, as caminhadas, as conversas, tudo mesmo passava pela vaidade do senador, que por sua vez não ouvia os políticos conhecedores de nossa região e realidade”, disse Henriques.
O comportamento da oposição também foi criticado.
— Eram notáveis nos debates esse excesso de cordialidade. Não podemos aceitar as críticas pessoais e particulares, mas críticas políticas precisam ser feitas. Tem que perguntar a Rosinha onde estão os remédios, onde estão os R$ 100 milhões deste sambódromo, onde estão os tijolos das casinhas, que por sinal são germinaas, vivendo nesse minúsculo espaço duas famílias, sem possibilidade de crescimento. Estes questionamentos têm de ser feitos”, desabafou Henriques, que encerrou o programa reafirmando sua posição sobre a redistribuição dos royalties.
— Querem levar o que é nosso na mão grande. Não podemos permitir — concluiu o deputado.
Gustavo Matheus
