quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RIO: Manifestação pelos royalties reúne 150 mil pessoas

Silesio Correa

A passeata em defesa dos royalties do petróleo do Rio começou por volta de 17h desta quinta-feira e reúne cerca de 150 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Os manifestantes protestam contra a mudança nas regras de partilha do petróleo, que pode causar prejuízo de R$ 48,8 bilhões aos cofres fluminenses. O cordão de isolamento que separava o governador do Rio, Sergio Cabral Filho, do povo foi rompido e autoridades já se misturavam no meio da multidão. Logo em seguida, houve um princípio de invasão na área vip do protesto. Manifestantes empurraram e derrubaram as grades de proteção da área reservada para autoridades e celebridades, na Cinelândia em frente ao Teatro Municipal, causando tumulto no local.

O presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), Eduardo Eugênio, disse que a passeata "Contra a Injustiça e em Defesa do Rio" é um movimento sem ligações com partidos políticos e que reúne todos os setores da sociedade.

O Rio de Janeiro está se movimentado para ser a capital da reflexão do Brasil. Esse movimento não tem a ver com partidos políticos, reúne artistas, jornalistas, estudantes e cidadãos. É uma manifestação contra uma intervenção da União no Rio. Nós não podemos ficar indiferentes.

No início da tarde desta quinta-feira (10), no início da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro a mobilização contra a redistribuição dos royalties do petróleo começou. A concentração na Candelária tinha até espaço VIP, reservado para autoridades como o governador Sérgio Cabral e prefeitos.

Silesio CorreaMuitos campistas não conseguiram representar o município na manifestação porque apenas 20 dos 100 ônibus prometidos pelo governo estadual fizeram o transporte dos interessados.

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A passeata "Contra a Injustiça e em Defesa do Rio", começou a provocar reflexos no trânsito do Centro do Rio por volta das 15h30. Motoristas enfrentaram trânsito lento na pista lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Candelária.

Representantes da Prefeitura de Macaé, considerada a capital do petróleo foram em peso e com uma faixa, onde estava escrito "O Meio Ambiente precisa da aplicação dos royalties".

Cerca de 10 mil moradores do interior do estado do Rio de Janeiro foram à capital fluminense para participar da grande manifestação nesta quinta-feira (10) em defesa das receitas do petróleo do estado e de seus municípios.

Imprensa RJA passeata foi marcada para sair da Candelária às 15h com representantes da sociedade civil, da classe política e do setor produtivo. Somente da Região dos Lagos e do Norte Fluminense foram enviados 350 ônibus, 200 dos quais de Macaé e de Campos.

A megamobilização tenta barrar na Câmara a proposta de redivisão das receitas do petróleo aprovada pelo Senado, que amplia para R$ 125,6 bilhões até 2020 as perdas fluminenses com legislações desfavoráveis ao Rio, como as do ICMS sobre petróleo e energia e do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Foi decretado ponto facultativo para servidores do estado e do município do Rio depois das 14h, exceto para serviços essenciais.

Fonte: fmanha.com.br

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