
Depois de começar ao som de samba, a manifestação em defesa das receitas do petróleo do Estado do Rio e de seus municípios, agora, é embalada pelo ritmo do funk. O grupo Furacão 2000 é que está animando a galera. Entre um funk e outro, a líder do grupo, Priscila Nocetti, discursa em favor dos royalties do petróleo.
A operadora de telemarketing Renata Silva, de 30 anos, saiu do trabalho com algumas amigas e foi curtir a festa na Avenida Rio Branco, no Centro da cidade.
- Saindo do trabalho, descobri que ia ter Furacão 2000 e vim para cá. A gente até sabe que essa passeata tem alguma coisa a ver com o petróleo, mas estamos aqui porque o verão está chegando - contou a jovem, que dança até o chão.
Muitos presentes à passeata vieram do Norte Fluminense, como o servidor Franklin Silva, de 54 anos, morador de Macaé.
- O dinheiro do petróleo é muito importante para a nossa cidade e virou assunto nas ruas. As pessoas falam de royalties tanto quanto de futebol - comentou Franklin que teme que o órgão onde trabalha, a Secretaria municipal de Obras, seja muito afetado.
A megamobilização tenta barrar na Câmara a proposta de redivisão das receitas do petróleo aprovada pelo Senado, que amplia para R$ 125,6 bilhões até 2020 as perdas fluminenses com legislações desfavoráveis ao Rio, como as do ICMS sobre petróleo e energia e do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Foi decretado ponto facultativo para servidores do estado e do município do Rio depois das 14h, exceto para serviços essenciais.