Após 14 dias de paralisação dos vigilantes, três agências do Banco Itaú decidiram abrir as portas para atendimento aos clientes. Na manhã desta terça-feira, a agências da rua Santos Dumont e duas no Boulevard estavam funcionando normalmente até que a Polícia Federal (PF) fechou duas delas por infringirem a legislação que não permite o funcionamento de bancos sem um efetivo mínimo de vigilantes. A agência da rua Santos Dumont permaneceu funcionando até às 15h30, quando a PF chegou ao local. Ela contava com apenas um vigilante vindo de Minas Gerais, onde não há greve.
Segundo informações, o efetivo necessário para funcionamento da agência que permanecia aberta seria de, no mínimo, seis vigilantes. Manifestantes do sindicato dos vigilantes permaneceram à porta do banco em manifestação contra o funcionamento da agência e à espera que a Polícia Federal fechasse também a última agência.
Está prevista para a próxima quinta-feira, às 14h, uma reunião do Sindicato dos Vigilantes do Norte e Noroeste Fluminense, Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp/RJ) no Ministério Público do Trabalho (MPT). O encontro foi proposto pelo Banco do Brasil, que também estará presente. Apesar das negociações, paralisação não tem da-ta para acabar.
— Até o momento não houve contato para negociação e, por isso, a greve está mantida. Vamos nos reunir no MPT, mas ainda é cedo para afirmar se as negociações darão fim à greve — disse Luiz Carlos Rangel.
Os vigilantes que estão em greve desde o dia 23 do mês passado reivindicam 10% de reajuste acima da inflação, elevação do tíquete-refeição de R$ 8,30 para R$ 15, e parcelamento do adicional de risco de vida em três vezes de 9%, para completar os 30%. Mas a categoria alega que o sindicato patronal só ofereceu 1,5% sobre a inflação de março – data base da categoria. Em contrapartida, o Sindesp/RJ disse que acordo feito com a categoria e publicado na edição de 25 de fevereiro último do Diário Oficial do Estado, os vigilantes do Estado do Rio receberam um reajuste de 14,62%.
FONTE: FOLHA DA MANHÃ